sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Matéria muito importante - Nível do Rio Muriaé em Itaperuna preocupa a população.


O Rio Muriaé em Itaperuna está tão vazio que é possível atravessá-lo andando. Veja nas fotos abaixo que em alguns pontos o rio mais parece um lixão.


A falta de chuva em toda a região sudeste vem afetando de forma significativa ao longo dos últimos seis meses, o nível dos mananciais e rios. Dessa forma, provocando desabastecimento, racionamento do fornecimento, gerando assim transtornos e desconforto a população das grandes capitais da região sudeste, que é a mais afetada.
O problema, não se concentra somente nas capitais. O problema avança para os municípios, distritos e vilarejos em todos os estados da região sudeste.
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E segundo as agências responsáveis pela previsão do tempo em nosso país, os índices de precipitação pluviométrica, ainda não são satisfatórios para garantir a normalização da captação e fornecimento de água as populações afetadas com a longa estiagem.
Na região Noroeste Fluminense, a situação esta ficando parecida com esses lugares mais críticos, Municípios como: Italva, Cardoso Moreira e Campos dos Goytacazes, já estão sofrendo as consequências da estiagem.
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Em Itaperuna, o nível do rio Muriaé desce mais a cada dia, deixando a população preocupada com a situação.
A nossa reportagem, conversou com o Sr Fernando por telefone, uns dos responsáveis pelo processo de captação, tratamento e fornecimento de água em nosso município, para obter informação da real situação.
Segundo o Sr. Fernando, até o presente momento, todo o processo esta funcionando normalmente, apenas com alguns problemas técnicos que afetaram o fornecimento de água em alguns bairros como: Vinhosa, São Mateus e São Francisco. Motivado por defeito nas bombas d’aguas que abastecem essa localidades, mas que já foram normalizadas.
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Quanto a situação do nível do Rio Muriaé em Itaperuna, segundo Sr Fernando, realmente a situação é preocupante em relação a falta de chuva, e que a estação, esta trabalhando com um volume de 380 litros de água por segundo, e que esse volume, é o suficiente para atender a população, lembrando que em todos os casos, é importante economizar água, ressaltou Sr. Fernando. Ele ainda comentou, que se não chover índices significante nos próximos meses, ai sim teremos problemas no fornecimento, mas até agora, esta tudo sob controle.
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Fotos: Robson Rodrigues / Blog do Adilson Ribeiro.
Reportagem: Robson Rodrigues / Blog do Adilson Ribeiro.
Em Campos dos Goytacazes, a situação é muito pior. Veja a reportagem:
Paraíba do Sul: MPF pede decretação de estado de calamidade pública.
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Já falta água no Rio de Janeiro. A cidade de São João da Barra é o primeiro município fluminense prejudicado pelo acordo celebrado entre a União e os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, que resultou na diminuição do volume de água que chega ao Rio de Janeiro. Diante da situação de calamidade, o Ministério Público Federal (MPF) em Campos move nova ação civil pública contra a Resolução n° 1309/14 da Agência Nacional de Águas (ANA) que autorizou essa redução de vazão (volume) e pede a decretação de estado de calamidade pública.
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“O acordo é uma artimanha para mascarar a transposição do rio Paraíba do Sul, que já vem ocorrendo, pois com a desculpa de impacto local, São Paulo já está desviando água da bacia hidrográfica e afetando a quantidade de água que chega ao Rio de Janeiro e região metropolitana, bem como o Norte Fluminense. Na prática, com a resolução, é como se tivessem dado autorização para a transposição sem as formalidades legais e estudos técnicos. Queremos, portanto, a nulidade do acordo e que volte a vazão anterior, devolvendo a mesma quantidade de água para o Rio de Janeiro”, alerta o procurador da República Eduardo Santos de Oliveira, autor da ação.
Os problemas no abastecimento de água em São João da Barra começaram em 30 de julho deste ano quando cerca de 10 mil moradores Sanjoanenses, ficaram sem o fornecimento de água. Na ocasião, a Prefeitura abriu caminhos na areia para que a água chegasse até a entrada dos canais, mas o abastecimento só estava sendo possível com o auxílio de bombas.
De lá para cá várias foram as medidas visando melhorar o abastecimento, mas a falta de chuva na região, agravou ainda mais a cota do rio que foi perdendo a vazão na foz do rio, em Atafona,  onde vem ocorrendo intrusão salina, provocada pelas marés que injetam água salgada do oceano no leito do rio, o que coloca em questão a qualidade da água que chega à população.
Na quinta-feira da semana passada o cota do rio Paraíba, passou 4,60 metros, considerado o menor da história desde que começou a ser monitorado em 1922. A situação vem se mantendo desde o início deste ano, devido à escassez de chuvas.
Entenda o Acordo:
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A resolução ANA 1.309 de 29 de agosto de 2014, é resultado de acordo costurado entre a União e os três estados do Sudeste afetados pelo problema de falta de água (SP, MG e RJ). O documento autorizou a redução temporária da vazão mínima afluente à barragem de Santa Cecília, no rio Paraíba do Sul, sob argumento de uso prioritário dos recursos hídricos para o consumo humano e a dessedentação de animais.
No entanto, ao possibilitar que São Paulo reduza a vazão do rio Jaguari, o estado do Rio de Janeiro começa a sofrer com a falta de água. A ANA determinou a redução de 5 mil litros por segundo (5m3/s), na vazão do Rio Paraíba do Sul, destinada ao Estado do Rio de Janeiro.
Além da nulidade da resolução, o MPF quer ainda que a ANA tome as medidas necessárias para assegurar o uso prioritário das águas do rio Paraíba do Sul, evitando-se o agravamento do desabastecimento de populações ao longo de sua calha fluvial. As medidas para o enfrentamento da crise hídrica atual deverão, ainda, ser divulgadas para a sociedade.
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Já à União Federal e ao Ministério do Meio Ambiente, o procurador da República requer, em sua ação, a decretação do estado de calamidade hídrica nas regiões banhadas pela bacia do Paraíba do Sul pelos próximos dois anos. É pedida ainda a elaboração de novo plano de educação ambiental e de novo plano de recursos hídricos.
Aos outros envolvidos na ação – Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp), Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE) -, o MPF requer que, pelos próximos 24 meses, informem a população e aos órgãos competentes as medidas que estão adotando para enfrentar a crise hídrica atual. É sugerida a aplicação de multa diária de R$ 50 mil, em caso de descumprimento.
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Ação contra a transposição:
Em maio deste ano, o MPF/RJ moveu ação civil pública contra projeto de transposição do Rio Paraíba do Sul. Para o MPF, o projeto paulista prejudicaria o abastecimento de água no Rio de Janeiro. A ação foi movida contra a União, a ANA, o Estado de São Paulo e o Ibama. A ação, que tramitava na Justiça Federal em Campos, foi declinada para o Supremo Tribunal Federal (STF), onde será distribuída para um dos onze ministros.
“Entendemos que o acordo que resultou na resolução da ANA teve a finalidade justamente de esvaziar a discussão e camuflar a crise hídrica, tentando induzir o Judiciário ao erro. Temos que impedir a transposição do rio Paraíba do Sul, sob pena de afetarmos milhões de pessoas por conta da negligência dos órgãos responsáveis”, pontua o procurador da República Eduardo Santos de Oliveira.
Fonte: Jornal Ururau e Blog Adilson Ribeiro

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