domingo, 21 de setembro de 2014

Acusado de matar irmão de PM se nega a dar depoimento

O acusado foi localizado pela PM na casa de sua namorada

Em entrevista coletiva, a delegada adjunta da 134ª DP/Centro, Natália Patrão, apresentou no final da manhã deste domingo (21) o acusado de matar João Carlos Vieira, de 56 anos. Na tarde da última sexta-feira (19), na Rua Barão da Lagoa Dourada, próximo ao Hospital Álvaro Alvim, no bairro da Pelinca, área nobre de Campos, o acusado Luís Roberto da Cruz Viana, de 49 anos, mais conhecido como “Bireca” deu dois tiros na cabeça de João Carlos, que morreu ontem no Hospital Ferreira Machado(HFM).

Na noite de ontem, “Bireca” foi preso pela Polícia Militar, na casa de sua namorada na Rua Nova Friburgo, no Parque Guarus.

De acordo com a delegada Natália Patrão, o acusado não quis prestar depoimento, se reservando ao direito de só falar na Justiça.

“Ainda não sabemos a motivação do crime, porque o acusado desde que chegou a delegacia disse que só vai se pronunciar em juízo. A única coisa concreta é o depoimento da namorada, que veio como testemunha porque ele foi encontrado na casa dela. Ela relatou durante a ocorrência que Luís atirou em João porque ele teria assediado sua ex-mulher. Mas essa é uma informação que também estamos investigando”, disse a delegada.

Natália Patrão ainda informou que “Bireca” possui várias passagem pela polícia, por roubo qualificado, crime pelo qual ficou preso durante nove anos, por porte ilegal de arma, ameaça, lesão corporal, furto, entre outros.

“Conseguimos um mandado de prisão temporário e ele vai ser encaminhado ainda neste domingo para Casa de Custódia”, informou a delegada.

A prisão
Após denúncia anônima de que o acusado estava escondido em uma residência no Parque Guarus, policiais militares procederam ao local. O acusado resistiu a prisão, mas diante de um trabalho de inteligência, conseguiram prendê-lo.

Num gesto de união, policiais militares do 8º BPM que participaram da prisão deram as mãos(foto abaixo) no pátio da 134ª DP/Centro. “Somos da família do 8º BPM e juntos atuamos”, disseram os militares, de mãos dadas.

A vítima, que é irmão de um sargento do 8º BPM, morreu na tarde de sábado (21), no Hospital Ferreira Machado (HFM). Ele levou dois tiros, sendo um na face e outro na cabeça.

Como aconteceu

No dia do crime, a Polícia Militar informou que a vítima foi baleada em frente a um estacionamento onde trabalhava. João teria discutido com o acusado do crime, porque presenciou o ex-presidiário batendo em sua mulher. O ex-presidiário teria dito “você não tem nada com isso, a mulher é minha”, tendo João dito de iria denunciá-lo à polícia. A discussão teria ocorrido na última sexta-feira (19).

João foi socorrido pela equipe médica do Corpo de Bombeiros em estado grave e levado para o Hospital Ferreira Machado (HFM), mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Segundo populares, o autor dos tiros fugiu a pé pela Rua Sacadura Cabral, atrás do condomínio Formosão.