Foto ilustrativa |
FONTE JORNAL O DIA
" Rio - O mês de abril tem média de um policial baleado por dia. Do dia 1º a ontem, nove policiais já tinham sido feridos a tiros no estado. Desses, seis estavam em serviço. Do total, dois não resistiram aos ferimentos e morreram. No mesmo período do ano passado, o número era bem menor: um morto e um baleado, sendo um de serviço e um de folga.
O caso mais recente ocorreu em São Gonçalo, na tarde de ontem, durante incursão de agentes do Serviço de Inteligência (P-2) do 7º BPM (São Gonçalo) no Morro do Querosene. Os PMs apuravam informações relativas ao tráfico de drogas no Complexo do Mutuapira quando foram recebidos a tiros por criminosos integrantes da facção Comando Vermelho (CV).
Atingido na perna, o soldado Raphael Cabral Bonfim, 26 anos, foi socorrido pelos próprios colegas de farda e levado para o Hospital Estadual Alberto Torres – mais conhecido como Hospital Geral de São Gonçalo –, no bairro Colubandê. Ele foi submetido a uma cirurgia e a previsão é de que seja transferido para o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), hoje.
Na véspera, o soldado Rodrigo Taboas Mendes foi baleado durante confronto na localidade conhecida como Avenida Central, no Morro do Alemão, na Penha, na Zona Norte do Rio. Lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Jacarezinho, ele é um dos PMs de outras UPPs que estão sendo deslocados para reforçar, na folga, o policiamento nas bases existentes no Complexo do Alemão.
Atingido no braço, ele foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Penha, e transferido para o Hospital Central da Polícia Militar (HCPM), no Estácio, na região central do Rio. O caso ocorreu oito dias após outro incidente na mesma região e também com policiais que cumpriam serviço extra: os soldados Gustavo Cordeiro, 28 anos, e Moura – deslocados da UPP do Jacarezinho para o local devido aos recentes ataques aos contêineres do Alemão – foram atingidos na localidade de Areal, na Favela Nova Brasília.
Enquanto Cordeiro foi atingido no nariz (a bala alojada no pescoço), Moura foi baleado no braço. Foi necessário solicitar reforço para que eles fossem socorridos. De janeiro a hoje, já foram registrados 76 casos de policiais baleados no Rio. Destes, 48 estavam de serviço. Do total, 26 morreram.
Cronologia
1º DE ABRIL:
Lotado na Secretaria de Segurança Pública, o sargento Ricardo Oliveira Pinto morreu após ser baleado ao reagir a um assalto, em Honório Gurgel.
2 DE ABRIL:
O sargento Rildo, do 29º BPM (Itaperuna), foi baleado enquanto apurava denúncia relativa a tráfico de drogas no município de Laje de Muriaé.
2 DE ABRIL:
Lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, o soldado Gomide foi morto a bala por dois criminosos, numa moto, na Cachopa.
3 DE ABRIL:
O sargento Alexander Costa de Almeida, do 9º BPM (Rocha Miranda), morreu no Hospital Estadual Carlos Chagas, após ser alvejado na porta de casa, em Bento Ribeiro.
7 DE ABRIL:
Lotado na UPP de Manguinhos, um soldado que não teve o nome divulgado foi atingido na mão por um disparo acidental efetuado na sede do Comando de Polícia Pacificadora (CPP), em Bonsucesso.
7 DE ABRIL:
Lotado no 4º BPM (São Cristóvão), um policial, que não teve nome e nem patente divulgados, foi baleado em confronto com assaltantes, em São Cristóvão.
7 DE ABRIL:
Lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, o soldado Falco dos Santos Barreto foi sequestrado, torturado e baleado por criminosos da facção Comando Vermelho (CV) que controlam o tráfico no Arrastão, em São Gonçalo.
8 DE ABRIL:
Lotado na UPP do Jacarezinho, o soldado Rodrigo Taboas Mendes foi baleado em confronto na localidade conhecida no Complexo do Alemão, na Penha.
9 DE ABRIL:
O soldado Raphael Cabral Bonfim, foi baleado durante confronto com criminosos da facção Comando Vermelho (CV) que controlam as bocas-de-fumo do Morro do Querosene, no Complexo do Mutuapira, em São Gonçalo.
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