sexta-feira, 21 de março de 2014

Desmascarado PT de Lindbergh Farias; VEJA revela que infiltrado no PR de Garotinho estava a serviço de deputado petista


Mais de quatro meses após o jornal O Globo publicar uma reportagem acusando o Partido da República (PR) de infiltrar militantes em manifestações e financiar grupos que participaram dos movimentos Ocupa Câmara e Ocupa Cabral, para atingir a imagem do ex-governador e deputado federal Anthony Garotinho, a revista VEJA desmascarou, em seu site, o jornal da família Marinho e o PT de Lindbrgh Farias. A fonte do GLOBO era Anderson Harry Grutzmacher que deu provas à VEJA de que atuou a mando do deputado estadual André Ceciliano, do PT e admitiu que agiu por dinheiro. No “Blog do Garotinho” estão publicadas gravações de áudio nas quais Ceciliano diz a Anderson que “o combinado é ter alguma coisa das duas pessoas”. As duas pessoas, segundo o “infiltrado”, são Garotinho e a filha, Clarissa.
Segundo a VEJA on-line, Anderson Harry Grutzmacher, o infiltrado aloprado, diz ter recebido dinheiro para a seguinte missão: encontrar provas que ligassem o deputado federal Anthony Garotinho às manifestações contra Sérgio Cabral (PMDB) no ano passado. Ceciliano nega, mas se atrapalha diante das provas apresentadas por Grutzmacher.
A reportagem de VEJA diz ainda que o infiltrado conheceu Ceciliano na campanha de 2012 e que fazia vários trabalhos para o deputado, como levantar irregularidades de adversários políticos do petista e “montar dossiês”. No ano passado, um representante do PR na Baixada Fluminense o convidou para se filiar ao partido. Naquele momento, relata Veja, Ceciliano enxergou uma excelente oportunidade de ter alguém com acesso a informações privilegiadas sobre o grupo político do rival Garotinho. E Grutzmacher, claro, viu a chance de descolar uns trocados a mais.
Grutzmacher, que tem uma condenação por furto de veículo na década de 90, afirmou ao site de VEJA que aceitou se infiltrar no PR em troca de dinheiro. Não sem antes guardar alguma munição, caso o tiro saísse pela culatra. Primeiro, gravou conversas com Fernando Peregrino, secretário-geral do PR, tentou se aproximar da deputada estadual Clarissa Garotinho, filha de Garotinho, mas não conseguiu nenhum indício objetivo que vinculasse o partido às manifestações. Como seu plano A não funcionou, decidiu mudar de lado. O plano B era igualmente atabalhoado: ele chegou a enviar um e-mail para o presidente do PMDB, Jorge Picciani, dizendo que pessoas ligadas a Garotinho teriam lhe oferecido 1,5 milhão de reais para relatar a história da infiltração. Sim, uma chantagem clássica.

Provas contra o aloprado Ceciliano

A revista teve acesso a algumas provas em poder de Anderson, como gravações de conversas e troca de mensagens telefônicas com Ceciliano. “Recebi pagamentos para me infiltrar no PR e vincular Clarissa e Garotinho às manifestações. O André (Ceciliano) me pagou 5.000 reais no posto Marajoara, em Queimados”, afirma, mostrando uma mensagem do deputado de 18h29 de 20 de setembro do ano passado. “Já cheguei no posto, eu espero você”. Ceciliano afirma que encontrava Anderson no posto para que este lhe apresentasse pessoas da Baixada Fluminense, seu reduto eleitoral. A reportagem de Veja esteve no local, um posto na beira de uma estrada, próximo a um bar. Ceciliano não sabe explicar a escolha de um local ermo para os encontros – nada transparentes, como mostram os fatos.
O deputado contra-ataca: diz que Grutzmacher, na verdade, é quem o procurava muito e que foi vítima. Mas um SMS de 19 de setembro de Ceciliano revela justamente o contrário: “Estava em uma reunião da Maçonaria. Porque você me abandonou? Só fala com o patrão. Me ligue, por favor”, reclamou Ceciliano. O patrão, segundo Grutzmacher, é o deputado Paulo Melo (PMDB), presidente da Alerj. O curioso, neste caso, diz a revista VEJA, é que Ceciliano apoia a candidatura de Lindbergh Farias contra o PMDB de Pezão. Ceciliano diz não se lembrar dessa troca de mensagens.
Garotinho publicou em seu blog pessoal as denúncias de que havia um infiltrado em seu partido. O site de VEJA avançou nas apurações. A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) também abriu uma investigação sobre o caso, mas optou pela saída mais cômoda – arquivou o caso antes do Carnaval sem sequer ouvir Grutzmacher na Corregedoria da Casa.
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