domingo, 10 de novembro de 2013

Corpo de criança é achado em rio e pode ser de Joaquim, diz Polícia Civil

Menino foi localizado neste domingo, no Rio Pardo, em Barretos, SP.

Ele usava pijama semelhante ao de Joaquim quando sumiu, diz delegado.



Corpo de menino encontrado no Rio Pardo pode ser de Joaquim (Foto: Analídia Ferri/G1)Local exato onde corpo de menino foi encontrado no Rio Pardo, em Barretos (Foto: Analídia Ferri/G1)
O corpo de um menino foi encontrado, no fim da manhã deste domingo (10), no Rio Pardo, emBarretos (SP). Segundo o delegado seccional João Osinski Júnior, diretor do departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter 3), a criança apresenta as mesmas características de Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, desaparecido desde terça-feira (5) em Ribeirão Preto (SP). As polícias civil e militar, e os bombeiros estão no local.
Diante da nova informação, policiais fazem um cerco preventivo em frente à casa da família de Joaquim, no bairro Jardim Independência, zona norte de Ribeirão Preto. A mãe, Natália Ponte, e o padrasto, Guilherme Longo, tiveram o pedido de prisão temporária negado pela Justiça na semana passada.

Corpo

 Natália e o pai de Joaquim, Arthur Paes, foram levados nesta tarde ao Instituto Médico Legal (IML) de Barretos.
O corpo da criança foi encontrado pelo dono de uma propriedade rural em Barretos, que avisou o Corpo de Bombeiros pelo 193 após avistar uma pessoa boiando sobre as águas do Pardo neste domingo, por volta das 11h30. Além dos bombeiros, a delegada de plantão da Polícia Civil em Barretos, Maria Tereza Vendramel, foi deslocada ao local.
Segundo Osinski, a criança encontrada vestia um pijama estampado idêntico ao descrito pela família no boletim de ocorrência registrado no dia do desaparecimento. “Mais de 99,9% de chance de ser o menino, não tem dúvida. A descrição da blusa de cima bate com aquela que constou do boletim de ocorrência inicial”, afirma.

Em Ribeirão Preto, policiais militares fecharam o quarteirão da casa em que vivem Natália e Guilherme, mãe e padrasto do menino, investigados pela polícia.A confirmação de que se trata do menino desaparecido ainda depende de exames que serão feitos no Instituto Médico Legal (IML) de Barretos e do reconhecimento dos familiares.
Quase certo de que se trata de Joaquim, ele informou que vai solicitar a realização de exames médicos específicos, como testes de insulina, que poderão ajudar nas investigações. “Vou pedir vários exames, se for confirmado que é o Joaquim. Precisamos saber de várias coisas, se foi esganado, por que lesão morreu”, diz.

Joaquim, de 3 anos, sumiu misteriosamente de dentro da casa da mãe (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)
Joaquim, de 3 anos, sumiu de dentro da casa
da mãe (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)
A localização do corpo reforça a convicção anteriormente divulgada pelo Ministério Público e pela Polícia Civil, que após realizarem buscas, descartaram a possibilidade de encontrar Joaquim com vida. O local onde o corpo foi encontrado, o Rio Pardo, também bate com as suspeitas da polícia, que com a ajuda de um cão farejador evidenciou que Joaquim e o padrasto andaram às margens do Córrego Tanquinho, próximo à casa da família no Jardim Independência. O córrego desemboca no Rio Pardo.
Entenda o caso
O menino de 3 anos, desapareceu na madrugada de terça-feira, de dentro da casa onde mora com a mãe e com o padrasto no bairro Jardim Independência. Em depoimento à polícia, Natália Ponte afirmou que notou a ausência do filho pela manhã, ao procurá-lo no quarto, por volta de 7h, para aplicar uma dose de insulina, já que o menino é diabético. Segundo a mãe, as janelas da casa têm grades, o portão estava trancado, mas a porta da sala estava aberta. Natália afirmou que o atual marido é usuário de drogas e que teria sido ele o último a ter contato com o garoto, ao colocá-lo para dormir, por volta de meia-noite.

O padrasto Guilherme Longo, que admitiu ser dependente químico, contou que nas últimas semanas teve uma recaída e que chegou a sair de casa na madrugada em que Joaquim desapareceu para ir atrás de drogas. Ele disse que deixou a porta aberta ao sair, mas que voltou rápido porque não encontrou o que procurava.
Longo, que teve a prisão temporária pedida junto com a mãe pelo delegado, negou que a dependência pudesse oferecer riscos ao menino e às outras pessoas com quem convive. O pedido de prisão do casal foi negado pela Justiça na semana passada.
O tio de Joaquim, Flávio Paes, que desde terça-feira acompanha os trabalhos da polícia ao lado do irmão Arthur Paes, pai de Joaquim, em Ribeirão Preto, afirmou que o casal trata o desaparecimento com descaso.
Guilherme Longo diz que relação com enteado era de pai e filho (Foto: Reprodução/EPTV)Guilherme Longo diz que relação com enteado era de pai e filho (Foto: Reprodução/EPTV)
Do G1 Ribeirão e Franca

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seguidores