Recentemente
não só a Ordem Maçônica de Tupaciguara e também toda a sociedade se viram
surpresas com a mais recente medida tomada pelo pároco da cidade, padre Joéds,
ao excluir a participação dos maçons de todas as ações da Igreja Católica,
sejam elas religiosa ou comunitária. A decisão, que foi tomada em reunião
realizada com os coordenadores da Pastoral Encontro de Casais em Cristo – ECC,
também foi surpresa para os participantes da reunião, mais ainda para os maçons
que lá estavam e que sempre estiveram à frente das ações da igreja em
Tupaciguara.
Essa
medida, que segundo o padre, foi tomada com base no Código de Direito Canônico
– CDC que desde a sua elaboração em 1.783, incluindo o código já revisado em
1983, pelo então Papa João Paulo II, é contra a maçonaria e que a sua atitude
não foi realizada em seu nome, mas em nome da Igreja Católica. “O que fizemos
foi fomentar a clareza da fé na Igreja e na sua participação na vida da sua
comunidade. Ninguém tem o direito de representar uma instituição e falar contra
ela. Desta forma, o que fizemos foi colaborar para o bem da sociedade e de
todas as pessoas, não só de algumas que tenham interesse próprio”. Neste caso,
o padre destaca a Maçonaria que, para ele, é uma ordem fechada e individualista
e, como mesmo disse, “Direcionada a um grupo de pessoas e não como está escrito
no CDC aos católicos que devem viver em grande união e em comunhão com a igreja
católica e são orientados a não participar de grupos que têm ideologias
contrárias à fé batismal e nestes inclui-se a maçonaria”. “A igreja Católica,
como diz o CDC, não admite que um cristão,
que tem em sua formação a fé católica, participe de grupos que vão contra essa
fé”, disse o padre.
Ao
ser indagado a destacar quais atividades os maçons estão proibidos de
participar, o padre destacou: “As indicações não são contra os maçons, elas têm
o sentido de orientar os seus fiéis, aqueles que de fato são fiéis a Jesus
Cristo, no segmento que ele deixou e na sua igreja que ele mesmo fundou,
conforme é lembrado no Evangelho. E as orientações são para os seus fiéis, como
está no artigo 1374 do CDC, não participem de organizações que diferem da
Igreja Católica”, disse o padre.
Como
mesmo consta das declarações do Padre Joéds, que fala em nome da Igreja
Católica, não será permitido ao cidadão que pertença a maçonaria, mesmo ele
sendo católico batizado, crismado, que fez a primeira comunhão, mesmo sendo
fervoroso participante da vida da igreja, a participar de quaisquer atividades
oriundas da igreja, a não ser que ele abdique, por completo, da sua
participação na maçonaria, já que, para o padre, não se admite que o cristão
católico divida sua fé com organizações ou grupos que estão contra a fé
católica.
“Sou
católico e maçom e nunca vou deixar de ser. Tenho minha fé inabalável que nunca
teve a mínima interferência da maçonaria no sentido de que ela fosse diminuída
ou maculada no mínimo que seja. Sinto muito pela atitude radical e
individualista da Igreja Católica em Tupaciguara, já que o padre fala por ela e
não pelos seus pensamentos. Para mim, tenho a convicção de que estas ações
radicais e descabidas que estão sendo tomadas pelo pároco da cidade, não
condizem com o pensamento da grande maioria dos católicos de Tupaciguara, por
mais fervorosos que sejam. Nós, maçons, não temos como reverter e nem lutar
contra esse tipo de ação que está sendo praticada pela Igreja, contra os maçons
de Tupaciguara, já que isto não é novidade e vem de muitos séculos atrás. É do
conhecimento de todos que isto vem desde a Inquisição quando se perseguia,
matava, mutilava e se fazia horrores com os seres humanos que iam contra a
imposição da Igreja Católica à época. Infelizmente, hoje se vê na Igreja
Católica a prática da pedofilia inaceitável, dos estupros inconcebíveis e que
no mundo maçônico é uma prática inaceitável, sob pena de exclusão imediata do
praticante. Pelo o que foi dito pelo padre, o que está ameaçando a fé católica
em Tupaciguara é um grupo de pessoas que integra uma ordem que só é fechada
para suas ações e que sempre foi aberta e democrática para que seus integrantes
professem sua fé religiosa da maneira que melhor lhe convier”, desabafou um
maçom que achou melhor não se identificar, mas que sentiu na pele a decisão do
padre Joéds.
2 comentários:
me impressiona tal atitude.
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ATITUDE ABSURDA !
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