LAJE DO MURIAÉ/RJ - Dando
prosseguimento ao projeto para melhorar o atendimento na área de saúde em Laje do
Muriaé, ontem foi realizado a Campanha de Prevenção ao Câncer de Colo de Útero
e Mama que mobilizou uma grande equipe, foram atendidos cerca de 130 mulheres.
Os exames foram feitos no Hospital Municipal de Laje do Muriaé, e sem
custo nenhum. O prefeito Rivelino Bueno parabenizou a todos os integrantes da
equipe que participaram da campanha de prevenção ao câncer de colo de útero,
pois alguns trabalharam inclusive em seu dia de folga para colaborar no sucesso
da campanha, finalizando que teremos outras campanhas ainda este ano.
O câncer do colo do útero é o segundo mais incidente na
população feminina brasileira, excetuando-se os casos de câncer de pele não
melanoma.
Todas as mulheres, que TENHAM ENTRE 15 E 45 ANOS estão
convidadas a participar da próxima campanha na qual será realizada e informada
antes a comunidade, mas fora da campanha poderá ser realizado o exame, para
tanto é só procurar o PSF.
Através da coleta é feito o exame citológico (Papanicolaou
ou Preventivo) que detecta alterações celulares no colo do útero e detecção
precoce do HPV. Este exame detecta a presença do HPV de alto risco, mesmo na
ausência de lesões. No caso da inclusão deste exame haverá a coleta de uma
amostra de sangue.
Para participar da campanha ou no exame de rotina é
necessário que atendam os seguintes critérios:
• NÃO ESTAR
MENSTRUADA OU GRÁVIDA;
• NÃO TER
SIDO SUBMETIDA À CIRURGIA PARA REMOÇÃO DO ÚTERO;
• NÃO
POSSUIR HISTÓRICO DE LESÕES CERVICAIS (TER REALIZADO CAUTERIZAÇÃO OU
CONIZAÇÃO);
• NÃO TER
RELAÇÃO SEXUAL NO MÍNIMO 24 HORAS ANTES DO EXAME.
Menores de 18 anos que queiram realizar o exame molecular
devem apresentar autorização do responsável legal.
LEIAM AS ORIENTAÇÕES DO DR. DRAUZIO VARELLA
CÂNCER DE COLO DE ÚTERO
Câncer de colo de útero, também conhecido por câncer
cervical, é uma doença de evolução lenta que acomete, sobretudo, mulheres acima
dos 25 anos. O principal agente da enfermidade é papilomavírus humano (HPV),
que pode infectar também os homens e estar associado ao surgimento do câncer de
pênis.
Antes de tornar-se maligno, o que leva alguns anos, o tumor
passa por uma fase de pré-malignidade, denominada NIC (neoplasiaintraepitelial
cervical), que pode ser classificadaem graus I, II, III e IV de acordo com a
gravidade do caso.
Embora sua incidência esteja diminuindo, o câncer de colo de
útero ainda está entre as enfermidades que mais atingem as mulheres e levam a
óbito no Brasil.
Felizmente, as estatísticas estão mostrando que 44% dos
casos diagnosticados no País são de lesão in situ precursora do câncer, que
ainda está restrita ao colo e não desenvolveu características de malignidade.
Nessa fase, a doença pode ser curada na quase totalidade dos casos.
SAIBA MAIS
1. CÂNCER DE
COLO DO ÚTERO
2. DOENÇAS E
SINTOMAS.
CÂNCER DE ENDOMÉTRIO
Tipos de tumor
Os dois tipos mais frequentes de tumor maligno de colo de
útero estão associados à infecção pelo HPV. São eles: os carcinomas epidemoides
(80% dos casos) e os adenocarcinomas (20% dos casos).
Fatores de risco
A infecção pelo HPV, responsável pelo aparecimento das
verrugas genitais, representa o fator de maior risco para o surgimento do
câncer de colo de útero. Apesar de existir mais de uma centena de subtipos
diferentes desse vírus, somente alguns estão associados ao câncer de colo
uterino. São classificados como de alto risco os subtipos 16, 18, 45, 56; de
baixo risco, os subtipos 6,11,41,42 e 44 e de risco intermediário, os
subtipos 31, 33, 35, 51 e 52.
Podem ser citados, ainda, como fatores de risco:
1) início precoce da atividade sexual;
2) múltiplos parceiros sexuais ou parceiros com vida sexual
promíscua;
3) baixa da imunidade;
4) cigarro;
5) más condições de higiene.
Sintomas
Nas fases iniciais, o câncer de colo de útero é
assintomático. Quando os sintomas aparecem, os mais importantes são: 1)
sangramento vaginal especialmente depois das relações sexuais, no intervalo
entre as menstruações ou após a menopausa; 2) corrimento vaginal (leucorreia)
de cor escura e com mau cheiro.
Nos estágios mais avançados da doença, outros sinais podem
aparecer. Entre eles, vale destacar: 1) massa palpável no colo de útero; 2)
hemorragias; 3) obstrução das vias urinárias e intestinos; 4) dores lombares e
abdominais; 5) perda de apetite e de peso.
Diagnóstico
A avaliação ginecológica, a colposcopia e o exame
citopatológico de Papanicolaou realizados regular e periodicamente são recursos
essenciais para o diagnóstico do câncer de colo de útero. Na fase assintomática
da enfermidade, o rastreamento realizado por meio do Papanicolaou permite
detectar a existência de alterações celulares características da infecção pelo
HPV ou a existência de lesões pré-malignas.
O diagnóstico definitivo, porém, depende do resultado da
biópsia. Nos casos em que há sinais de malignidade, além de identificar o
subtipo do vírus infectante, é preciso definir o tamanho do tumor, se está
situado somente no colo uterino ou já invadiu outros órgãos e tecidos (presença
de metástases). Alguns exames de imagem (tomografia, ressonância magnética, RX
de tórax) representam recursos importantes nesse sentido.
Prevenção
A prevenção do câncer de colo de útero está diretamente
associada ao esclarecimento e avanço educacional da população a respeito dos
fatores de risco e de como evitá-los.
Dada a importância do diagnóstico precoce, as mulheres precisam ser
permanentemente orientadas sobre a necessidade de consultar o ginecologista e
fazer o exame de Papanicolaou nas datas previstas, como forma de identificar
possíveis lesões ainda na fase de pré-malignidade.
No entanto, a vacinação das meninas nos primeiros anos de vida contra o HPV
continua sendo medida preventiva bastante eficaz, apesar de não proteger contra
todos os subtipos do vírus.
Vacinas
Existem duas marcas de vacinas aprovadas para prevenir a
infecção por determinados subtipos do HPV, alguns deles responsáveis pela
maioria dos casos de câncer de colo uterino.
A vacinação é recomendada para meninas ainda na infância, em
três doses, antes do início da atividade sexual. No entanto, como ainda não há vacinas contra
todos os subtipos do vírus, que são muitos, mulheres já vacinadas devem
continuar fazendo o exame preventivo de rastreamento, o Papanicolaou, que é
oferecido também pelo SUS nas Unidades Básicas de Saúde.
Tratamento
Parte das mulheres sexualmente ativas, que entra em contato
com o HPV, pode debelar a infecção espontaneamente ou com tratamento médico
pertinente. Caso isso não ocorra, o tratamento tem por objetivo a retirada ou destruição
das lesões precursoras pré-malignas.
No entanto, uma vez confirmada a presença de tumores
malignos, o procedimento deve levar em conta o estágio da doença, assim como as
condições físicas da paciente, sua idade e o desejo de ter, ou não, filhos no
futuro.
A cirurgia só deve ser indicada, quando o tumor (carcinoma
in situ) está confinado no colo do útero. De acordo com a extensão e
profundidade das lesões, ela pode ser mais conservadora ou promover a retirada
total do útero (histerectomia).
A radioterapia externa ou interna (braquiterapia) tem-se
mostrado um recurso terapêutico eficaz para destruir as células cancerosas e
reduzir o tamanho dos tumores. Apesar de a quimioterapia não apresentar os
mesmos efeitos benéficos, pode ser indicada na ocorrência de tumores mais
agressivos e nos estádios avançados da doença.
Recomendações
* Não existe idade mínima para as meninas receberem as
vacinas disponíveis contra a infecção pelo HPV, apesar de a orientação ser
ministrá-la a partir dos 9 anos de idade;
* Toda mulher precisa estar consciente de que o exame de
Papanicolaou realizado periodicamente representa uma estratégia de rastreamento
do câncer de colo uterino que pode salvar vidas.
* Nunca é demais ressaltar, que o uso da camisinha em todas
as relações sexuais é um cuidado indispensável contra a infecção não só pelo
HPV, mas também por outros agentes de doenças sexualmente transmissíveis.
DECOM/P.M. DE LAJE DO MURIAÉ/RJ
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