Caso Dr. Edson: Procuradoria da República também divulga nota de Esclarecimento. Veja abaixo:
Prezado Adilson,
Os advogados do Sr. Edson Vieira expõem o seguinte a cerca das matérias divulgadas nos veículos informativos da imprensa não oficial e do site da assessoria da procuradoria da república do Estado do Rio de Janeiro.
Primeiramente, não há sentença no mundo jurídico enquanto não for publicada no Diário Oficial ou certificada no mínimo no meio de acompanhamento online de processos no site da justiça competente.
Em segundo, o processo criminal corre parcialmente em segredo de justiça e nós advogados devemos ser os primeiros notificados no caso de uma sentença, principalmente condenatória, pelo meio oficial, o que não ocorreu.
No sistema online de acompanhamento de processos o que se verifica é que não há qualquer sentença, mas consta sim que o processo estava com carga para o MP e portanto não poderíamos ter uma sentença durante esta carga a não ser que considerássemos ter sido a sentença pró-latada dentro do gabinete do promotor, o que subverte qualquer ordem jurídica.
Ademais, consta no sistema, o que pode ser verificado por você mesmo ao consultar pelo numero do processo no site, que há uma exclusão de sentença por erro.
Ademais, em comunicação com a Assessoria de imprensa da Procuradoria da República no Estado do RJ, confirmou-se que foi a secretária do Procurador quem solicitou a divulgação da informação de uma suposta condenação inclusive apresentando sentença.
No ordenamento jurídico é inadmissível dar publicidade de atos e despachos do juiz antes da sua publicação oficial, sob pena de cometimento de FALTA GRAVE a ser apurada em PROCEDIMENTO DISCIPLINAR, criminalmente e com penas que vão até a exoneração do cargo público.
Nesse sentido informamos a imprensa que os advogados do Dr. Edson Vieira DENUNCIARAM o Procurador, serventuários do seu gabinete e chefe da secretaria da Vara Federal pela FALTA GRAVE, junto ao CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO e a CORREGEDORIA DO MPF.
Sem mais para o momento.
Att.
Denúncia na Corregedoria Geral do MPF n. 61493
Denúncia no Conselho Nacional do MP – S/N
Entenda o caso:
O médico Edson Gomes Vieira e sua família foram condenados por estelionato contra o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). Segundo o Ministério Público Federal (MPF) em Itaperuna, no Noroeste Fluminense, Edson, sua esposa, Diva Goulart Mendes Vieira, e os filhos Marcos Vieira e Polyanna Mendes Vieira, causaram um prejuízo de cerca de R$ 300 mil aos cofres públicos. O médico foi condenado a 12 anos de prisão em regime fechado, além de multa de R$ 32 mil. Já seus familiares pegaram dois anos e oito meses de prisão em regime aberto, além de multa.
Segundo o MPF, Edson facilitava a concessão de auxílios-doença para seus familiares. A fraude aconteceu no período de 2005 a 2008. De acordo com a investigação, o que mais chamou atenção foi sempre era o mesmo médico que realizava as perícias, mesmo existindo outros 15 peritos em Itaperuna.
“A insistente repetição de exames, todos indissociavelmente maculados por vícios da imoralidade, ilegalidade e improbidade, não se deu por acaso, mas revelam diversas manobras utilizadas para que as perícias sempre recaíssem no mesmo médico”, argumenta o procurador da República Cláudio Chequer, responsável pelo processo.
As lesões sempre eram apontadas nos joelhos “Eles demonstraram uma não convencional propensão familiar a tal espécie de lesão”, apontou, em sua sentença, o juiz Federal Fábio Nobre Bueno Brandão.
Fonte: Jornal O Dia.
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