domingo, 26 de maio de 2013

Igreja Católica proíbe participação de maçons em suas atividades em Tupaciguara


Recentemente não só a Ordem Maçônica de Tupaciguara e também toda a sociedade se viram surpresas com a mais recente medida tomada pelo pároco da cidade, padre Joéds, ao excluir a participação dos maçons de todas as ações da Igreja Católica, sejam elas religiosa ou comunitária. A decisão, que foi tomada em reunião realizada com os coordenadores da Pastoral Encontro de Casais em Cristo – ECC, também foi surpresa para os participantes da reunião, mais ainda para os maçons que lá estavam e que sempre estiveram à frente das ações da igreja em Tupaciguara.
Essa medida, que segundo o padre, foi tomada com base no Código de Direito Canônico – CDC que desde a sua elaboração em 1.783, incluindo o código já revisado em 1983, pelo então Papa João Paulo II, é contra a maçonaria e que a sua atitude não foi realizada em seu nome, mas em nome da Igreja Católica. “O que fizemos foi fomentar a clareza da fé na Igreja e na sua participação na vida da sua comunidade. Ninguém tem o direito de representar uma instituição e falar contra ela. Desta forma, o que fizemos foi colaborar para o bem da sociedade e de todas as pessoas, não só de algumas que tenham interesse próprio”. Neste caso, o padre destaca a Maçonaria que, para ele, é uma ordem fechada e individualista e, como mesmo disse, “Direcionada a um grupo de pessoas e não como está escrito no CDC aos católicos que devem viver em grande união e em comunhão com a igreja católica e são orientados a não participar de grupos que têm ideologias contrárias à fé batismal e nestes inclui-se a maçonaria”. “A igreja Católica, como diz o CDC, não admite que um cristão, que tem em sua formação a fé católica, participe de grupos que vão contra essa fé”, disse o padre.
Ao ser indagado a destacar quais atividades os maçons estão proibidos de participar, o padre destacou: “As indicações não são contra os maçons, elas têm o sentido de orientar os seus fiéis, aqueles que de fato são fiéis a Jesus Cristo, no segmento que ele deixou e na sua igreja que ele mesmo fundou, conforme é lembrado no Evangelho. E as orientações são para os seus fiéis, como está no artigo 1374 do CDC, não participem de organizações que diferem da Igreja Católica”, disse o padre.
Como mesmo consta das declarações do Padre Joéds, que fala em nome da Igreja Católica, não será permitido ao cidadão que pertença a maçonaria, mesmo ele sendo católico batizado, crismado, que fez a primeira comunhão, mesmo sendo fervoroso participante da vida da igreja, a participar de quaisquer atividades oriundas da igreja, a não ser que ele abdique, por completo, da sua participação na maçonaria, já que, para o padre, não se admite que o cristão católico divida sua fé com organizações ou grupos que estão contra a fé católica.
“Sou católico e maçom e nunca vou deixar de ser. Tenho minha fé inabalável que nunca teve a mínima interferência da maçonaria no sentido de que ela fosse diminuída ou maculada no mínimo que seja. Sinto muito pela atitude radical e individualista da Igreja Católica em Tupaciguara, já que o padre fala por ela e não pelos seus pensamentos. Para mim, tenho a convicção de que estas ações radicais e descabidas que estão sendo tomadas pelo pároco da cidade, não condizem com o pensamento da grande maioria dos católicos de Tupaciguara, por mais fervorosos que sejam. Nós, maçons, não temos como reverter e nem lutar contra esse tipo de ação que está sendo praticada pela Igreja, contra os maçons de Tupaciguara, já que isto não é novidade e vem de muitos séculos atrás. É do conhecimento de todos que isto vem desde a Inquisição quando se perseguia, matava, mutilava e se fazia horrores com os seres humanos que iam contra a imposição da Igreja Católica à época. Infelizmente, hoje se vê na Igreja Católica a prática da pedofilia inaceitável, dos estupros inconcebíveis e que no mundo maçônico é uma prática inaceitável, sob pena de exclusão imediata do praticante. Pelo o que foi dito pelo padre, o que está ameaçando a fé católica em Tupaciguara é um grupo de pessoas que integra uma ordem que só é fechada para suas ações e que sempre foi aberta e democrática para que seus integrantes professem sua fé religiosa da maneira que melhor lhe convier”, desabafou um maçom que achou melhor não se identificar, mas que sentiu na pele a decisão do padre Joéds.

2 comentários:

lademir filippin disse...

me impressiona tal atitude.
www.filippincerimonial.com.br

Ícaro disse...

ATITUDE ABSURDA !

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