
Com direito a casa cheia, a audiência pública sobre as obras de mitigação das cheias do Rio Muriaé movimentou a noite de terça-feira (5). Realizada na Câmara Municipal, a reunião contou com a presença de centenas de pessoas, entre moradores das regiões afetadas pelas enchentes, além de representantes dos poderes Executivo e Legislativo, do Ministério Público e de técnicos do Departamento de Obras Públicas de Minas Gerais (Deop-MG) e da empresa Planex, responsável pela elaboração do projeto.
A audiência foi coordenada pela Superintendência Regional de Regularização Ambiental (Supram) e dividida em blocos distintos: no primeiro, foram fornecidas explicações técnicas sobre o projeto, através da participação dos representantes do Deop-MG e da Planex; os dois blocos seguintes foram de considerações e questionamentos realizados, respectivamente, pelos cidadãos e vereadores de Muriaé. Na etapa final, o vice-prefeito João Ciribelli e a equipe técnica responderam às questões que foram levantadas.
Confira, abaixo, os tópicos sobre os principais assuntos que foram tratados na reunião. Vale
lembrar que o foco da audiência foi o impacto ambiental a ser gerado pelas obras. “Ainda realizaremos outras reuniões com a população para tratarmos sobre desapropriações e outras questões estruturais do projeto”, ressalta Ciribelli.

Início e duração das obras
- “A previsão é de que os projetos de engenharia sejam finalizados até março de 2014, com início das obras já no mês seguinte. Nossa expectativa é de que os trabalhos sejam concluídos dentro de aproximadamente 30 meses – ou seja, em outubro de 2016.” (Fernando Teixeira, engenheiro do Deop-MG)
Desapropriações
- “Teremos várias frentes de trabalho durante a execução das obras. Assim, o início das atividades não significa que as desapropriações estarão totalmente concluídas até abril de 2014. As famílias desapropriadas terão tempo suficiente para reorganizarem suas vidas.” (Fernando Teixeira)
Obras
Barragens
- “O Rio Preto é responsável por 47% da água que transborda em Muriaé, e a barragem planejada para ser construída lá tem capacidade para conter grande parte dos 100 bilhões de litros que provocam as enchentes. Na área localizada antes da confluência entre os rios Preto e Muriaé, as cheias serão contidas através da ampliação da calha fluvial, do desmonte de corredeiras e da construção de uma nova ponte na Barra, já que a atual é um agente represador.” (Mário Cicareli)
- “A construção de uma barragem também no Rio Muriaé resultaria em um impacto ambiental no mínimo cinco vezes maior do que o provocado pela obra no Rio Preto, além de uma série de empecilhos, como a necessidade de se deslocar o eixo da rodovia MG-447.” (João Ciribelli)
- “As chamadas ‘barraginhas’ têm eficiência pontual, mas não são a solução adequada para que se resolva o problema das enchentes em Muriaé. Por isso optamos pela construção de uma grande barragem em vez de várias pequenas”. (Mário Cicareli)
Fonte: Prefeitura de Muriaé
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