quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Policiais Civis de Itaperuna Recuperam Mais de 1 Tonelada de Carne Roubada

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ASTÚCIA E PERSPICÁCIA DE AGENTES DA CIVIL DESVENDAM O MISTÉRIO DAS CARNES
Sábado recente, 19 de novembro, manhã tranquila, quando às 10h, de plantão na 143º DP, Guilherme e José Rilliom receberam um cidadão que se apresentou como motorista de uma transportadora, contando que no sábado anterior, 12/11, veio a Itaperuna para entregar uma carga de carne bovina. Não conhecendo a cidade confiou em um chapa, ( como se chama informalmente quem trabalha descarregando caminhões e ajudando a manobrar), inclusive registrado na empresa de transportes dona do caminhão. Serviço feito,  o caminhoneiro voltou para São Paulo onde mora. Dias depois, a empresa recebeu uma reclamação de um cliente dizendo não ter recebido carne nenhuma.
Era para ser entregue em Muriaé-MG mas o chapa, parece ter se enganado e encaminhado a carga para Itaperuna…
Contada a história, com apoio de um representante da transportadora, os policiais de cara entenderam rapidamente a situação e perguntaram se eles tinham no veículo, um  rastreador monitorado por GPS e tendo, que trouxessem as informações registradas no aparelho.
Dito e feito.
O carreteiro retornou com o roteiro impresso e de posse deste, a dupla de policiais civis foi com ele até o local, por onde antes de ir à DP, o motorista e o representante passaram para confirmar, tendo reconhecido de imediato.
Os agentes da Civil já chegaram perguntando quem seria o gerente ou dono do estabelecimento. Quando este se apresentou e soube do que era, assustou-se e titubeou ao responder as primeiras perguntas.
Enrolou-se nas explicações, saiu para procurar o responsável pelo setor de recebimento de compras, demorou-se e voltou sem ninguém. E o clima de tensão só aumentando, menos para os frios e atentos policiais civis, que perceberam por uma porta aberta de um compartimento as carnes ainda embaladas e com a marca Boi Brasil em destaque.
Não era para a carga estar ali. O moço, de iniciais VB, foi ficando pálido e sem conseguir se expressar pois à cada fala, era contestado tranquilamente pela evidências. Nenhum dos seus argumentos convenceu.
Foi verificado o código de barra das embalagens e constatado ser da carga procurada pelos agentes da lei e representantes da transportadora. Outras provas foram se encaixando feito as pedras de um dominó prestes a se derrubarem em sequência, como caixas vazias, funcionário chegando pra pegar carne e vender, enfim, a casa, ou melhor, o supermercado estava caindo.
Os policiais Guilherme e José Rilliom agiram dentro do protocolo  e levaram gentilmente o jovem VB e o funcionário que recebera a carga até a delegacia e o delegado de plantão lavrou o APF-Auto de Prisão em Flagrante, pelo crime tipificado no art. 180, parágrafo 1º do CP-Código Penal.
A Polícia Civil agora vai agir na busca ao chapa para que ele esclareça como tudo isso começou.
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CP – Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940

Art. 180 – Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
Receptação qualificada (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
Por Nino Bellieny, em 23-11-2016

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