As notas
de dólares americanos terão novos desenhos para impedir ação de falsificadores
e garantir uma maior autenticidade. Além de impedir a falsificação, as novas
notas também serão mais úteis para os deficientes visuais por terem maior
contraste de cores e melhores detalhes em relevo que permitirão determinar o
valor da nota com o tato
Como a principal moeda de reserva mais ativamente comercializada no
mundo, o dólar dos Estados Unidos é provavelmente a forma de dinheiro mais
instantaneamente reconhecida do planeta. Seu uso global também o torna o
principal alvo dos falsificadores e, por conseguinte, o Bureau de Gravação e
Impressão (BEP) do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos atualizou as
notas de dinheiro para estar a par das tecnologias de impressão cada vez mais
sofisticadas e disponíveis ao público.
Está ficando cada vez mais raro encontrar notas de 5, 10, 20 e 100
dólares americanos que foram impressas antes de o BEP começar seu trabalho de
redesenho em 1996. A diferença mais significativa nas novas notas são os
retratos de Abraham Lincoln, Alexander Hamilton, Andrew Jackson e Benjamin
Franklin, respectivamente, que agora aparecem descentralizados e em qualidade
superior. Mas em uma análise mais minuciosa das notas de dólares americanos
encontram-se características concebidas para frustar os falsificadores e
garantir sua autenticidade.
Quando a nota é colocada à contraluz, há marcas d’água de cifras na nota
de 5 dólares e marcas d’água de retratos em um lado das notas de maior valor.
Há também fios de segurança colocados em diferentes pontos, dependendo da nota,
que brilham sob a luz ultravioleta. As notas de 10, 20 e 100 dólares também
possuem pequenos gráficos e cifras que mudam de cor ao serem inclinadas. As
notas mais novas têm até mesmo uma prova de tato. Raspe a vestimenta do retrato
com a unha e pode-se notar que possui sulcos.
Se acaso você vir uma nota maior do que 100 dólares em circulação,
certamente será falsa. As últimas notas de 500 e mil dólares foram impressas em
1945 e o presidente Richard Nixon ordenou que fossem retiradas de circulação em
1969 como medida para combater o crime organizado.
Além de impedir a falsificação, as notas com novo desenho também serão
mais úteis para os deficientes visuais, que há muito lutam com a dificuldade de
as notas de dólares americanos possuírem o mesmo tamanho e textura. Muitos
tentaram solucionar esse problema com leitores eletrônicos especialmente
desenhados ou até mesmo apenas dobrando as diferentes denominações de forma
única. Em maio de 2011, o ex-secretário do Tesouro, Timothy Geithner, anunciou
que, além de melhorar a distribuição dos leitores de moeda, o BEP começará a
imprimir notas com maior contraste de cores e melhores detalhes em relevo que
permitirão determinar o valor da nota com o tato.
As notas antigas permanecem válidas, mas continuarão a desaparecer à
medida em que se substituam as notas gastas e danificadas. Ao mesmo tempo, a
moeda dos Estados Unidos foi desenhada para suportar um certo grau de uso e
desgaste, incluindo serem dobradas 8 mil vezes. O papel, na realidade, é mais
um tecido composto de 75% de algodão e 25% de linho, com fios de seda de
reforço. Esse design é últil àqueles que, por engano, lavam a roupa tendo
deixado o dinheiro no bolso.
De acordo com o BEP, a vida útil de uma nota de 5 dólares é de 16 meses.
E de 18 meses para as notas de 10 dólares; 24 meses para as de 20 dólares e 89
meses para as notas de 100 dólares. A nota de 1 dólar, que representa quase a
metade das notas em circulação nos EUA, dura uma média de 22 meses.
Todo o papel-moeda dos EUA é fabricado exclusivamente para o BEP pela
Companhia de Papel Crane, que cria fios de segurança e marcas d’água para as
notas de 5 dólares e notas de valor superior, antes de enviar as folhas de
papel às instalações de impressão da BEP em Washington e Fort Worth, no Texas.
A fórmula precisa do papel, bem como o que compõe a tinta verde do BEP são
segredos muito bem guardados.
Na impressora, o papel é submetido a um processo de três etapas em que
acrescentam cores de fundo sutis e se utilizam placas gravadas para imprimir as
imagens da frente e do verso, aplicar a tinta que muda de cor e acrescentar
textura.
A impressora é capaz de imprimir 10 mil folhas por hora e o BEP produz
uma média de 38 milhões de notas por dia, com um valor nominal de
aproximadamente 541 milhões de dólares. Quase todas as notas são usadas para
substituir aquelas que já estão em circulação.
A nota de 1 dólar veio para ficar?
A nota com maior circulação nos EUA, a nota de 1 dólar, com a imagem de
George Washington na frente e o Grande Selo dos EUA no verso, conseguiu manter
o mesmo design nos últimos 50 anos. A nota menos comum de 2 dólares, com a
imagem de Thomas Jefferson, também sequer foi incluída na recente campanha de
redesenho.
Desde 1971, o governo dos EUA tem tentado incentivar o uso das moedas de
1 dólar, que são mais duráveis, em substituição às notas em papel. As moedas de
metal conseguem permanecer em circulação por uma média de 25 anos. De acordo
com o Escritório de Contabilidade Geral do Congresso (GAO) dos EUA, a troca economizaria
4,4 bilhões de dólares ao longo de 30 anos. Mas na prática, a população
americana tem demonstrado repetidamente que prefere o papel-moeda.
Parte da resistência do público se concentra na confusão com moedas de
tamanho similar, objeção ao peso de carregar o metal em comparação ao papel e à
incapacidade de usá-las nas máquinas de venda mais antigas.
Mas a Casa da Moeda dos EUA continua cunhando as moedas de dólar. A
partir do ano 2000, o governo começou a cunhar moedas com a imagem de
Sacagawea, a mulher Lemhi Shoshone que guiou e serviu de intérprete para a
expedição de Lewis e Clark no início do século 19. Há agora aproximadamente 1
bilhão de dólares com a imagem de Sacagawea em circulação. Desde 2007, uma
série mais recente de moedas de dólar tem sido cunhada em homenagem aos
ex-presidentes dos EUA.
O aumento da circulação e a familiaridade com a moeda de 1 dólar
finalmente a ajudou a ganhar maior aceitação. Ao mesmo tempo, a função de todo
o dinheiro em papel e em moeda dos EUA pode estar mudando, graças à crescente
popularidade das transações eletrônicas e com cartões de crédito.
Heraldo Galliters –
Jornalista – Registro 0034670
Um comentário:
São notas com uma imagem inovadora e mais seguras pelo que parece a nota de 100 USD.
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